Lições da “Shark Tank” Barbara Corcoran: 5 Dicas para ser um grande contador de histórias

Lições da “Shark Tank” Barbara Corcoran: 5 Dicas para ser um grande contador de histórias
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Barbara Corcoran, estrela americana do programa “Shark Tank”, mulher de negócios, investidora, oradora, entre outros, é autora do livro “Shark Tales” e uma das melhores storytellers do mundo dos negócios da atualidade.

Entrevistada por Dave Kerpen, explicou como contar grandes histórias, quer no mundo dos negócios, quer na vida pessoal.

Segundo esta, “contar grandes histórias é a melhor maneira, porque as pessoas lembram-se destas e utilizam-nas para traçar paralelos com as suas próprias vidas. As histórias persuadem as pessoas e ajudam-nas a sentirem-se conectadas, duas capacidades essenciais de qualquer líder ou vendedor”.

O sucesso de Barbara é, só por si, uma história fantástica. Empregada de mesa, já no seu vigésimo emprego aos 23 anos e com dez irmãos, pediu 1000 dólares emprestados ao namorado, fundou a Corcoran Group e conseguiu tornar-se numa magnata da imobiliária. No Shark Tank já investiu em cerca de 22 empreendedores.

Eis as 5 dicas para fazer bom uso do storytelling nos negócios, segundo Barbara Corcoran:

1) Tenha um propósito
Saiba quem é o seu público e qual o propósito da sua história. É para entreter, educar, pôr as pessoas à vontade ou para as persuadir? Compreender o propósito da história faz com que tudo seja mais simples e eficaz. Dave Kerpen refere que Barbara, “para me pôr a par de como se tornou numa grande contadora de histórias, contou-me a de ter crescido numa grande família irlandesa, onde todos contavam histórias e, para que essa história sobressaísse, tinha que ser a melhor delas todas”.

2) Partilhe um início, um meio e um fim
Qualquer boa história tem um início, um meio e um fim. Certifique-se de que a sua passa suavemente por todas as partes e que não se prende em nenhuma durante muito tempo. “A forma como o faz também é importante”, disse a Barbara. “O entusiasmo é tudo!”

Barbara-Corcoran-conselhos-23) Coloque uma pele sobre os ossos
São os detalhes (cores, visão, sons, cheiros, etc.) que dão vida à história. “Descreva o que você e os outros tinham vestido”, diz Barbara. As pessoas querem ter detalhes suficientes para imaginarem a história. A sua história será tão significativa e memorável quantos detalhes lhe der. “Quando disse às pessoas que tinha vendido um negócio por 66 milhões de dólares, encolheram os ombros. Quando lhes conto sobre a minha próxima viagem ao multibanco, o cheiro do dinheiro a sair e o som do recibo a ser cuspido para fora com o meu saldo, já ficam entusiasmadas.”

4) Seja o vulnerável
Não se trata de ser o desfavorecido em todas as histórias que contar. Pode até nem ser capaz de se mostrar sempre humilde ou vulnerável, ao contar as suas histórias. No entanto, Barbara aconselha a que o inclua sempre que seja possível. “As pessoas identificam-se mais com uma pessoa vulnerável do que com uma vencedora. A vulnerabilidade leva à confiança e à intimidade e faz com que as pessoas estejam mais abertas ao que tem para lhes dizer.”

5) Conte a sua própria história
Dave Kerpen refere que “esta foi uma lição importante que aprendi com a Barbara. Eu e a minha esposa temos uma história incrível sobre um casamento patrocinado que nos levou ao nosso primeiro negócio. É uma história que contamos quando introduzimos a Likeable Media aos novos clientes. E, não me levem a mal, é uma grande história, quando a contamos. Mas o que a Barbara me fez perceber é que, quando os nossos funcionários contam a história da Likeable, estes têm que a personalizar.” As pessoas reagem sempre melhor a uma história onde o narrador é a estrela e não outra pessoa.

Se considerar estes cinco princípios, também você se poderá tornar num bom storyteller e um comunicador mais eficaz.

Barbara Corcoran foi muito clara: “Storytelling is everything”. “Se me mostrar um MBA e o seu relatório de vendas, estará tudo bem. Mas, se me contar uma história sobre como começou e sobre qual a sua visão, então sim teremos uma conversa. "


Fonte: Dave Kerpen