Qual a lição de liderança mais importante para o CEO do LinkedIn?

Qual a lição de liderança mais importante para o CEO do LinkedIn?
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Não importa quão grande é a sua organização, enquanto líder não pode exercer uma liderança impessoal, declara Jeff Weiner, responsável máximo do LinkedIn.

Desde que se tornou CEO do LinkedIn, em 2009, que Jeff Weiner tem reputação de ser um líder particularmente inspirador e eficaz. Tal deve-se em parte ao facto de considerar que a “gestão com compaixão” é uma das bases da liderança, como revelou o responsável quando se juntou ao fundador do LinkedIn, Reid Hoffman, numa aula na Universidade Stanford no âmbito da disciplina “Technology-enabled Blitzscaling”, que Hoffman coensina com outros nomes-estrela da tecnologia: Chris Yeh (vice-presidente da Pbworks, cofundador da Wasabi Ventures e antigo blogger), John Lilly (partner na Greylock, ex-CEO da Mozilla) e Allen Blue (vice-presidente de product management e cofundador do LinkedIn).

Durante a aula, Weiner adiantou ainda o que considera ser uma das maiores aprendizagens que leva destes anos à frente do LinkedIn. “A lição mais valiosa que aprendi como CEO é não deixar demasiado tempo no jogo o lançador (quem arremessa a bola no baseball)”. “Assim que perguntar a si mesmo se aquela é a pessoa certa para o cargo, já sabe a resposta. A questão é: o que vai fazer em relação ao assunto? Tem de ajudá-la a ficar acima do nível, e se não o conseguir, transite-a para outra função ou para fora da organização”.

Seria de pensar que um CEO que coloca a compaixão em primeiro lugar poderia hesitar na altura de demitir um funcionário que já não tem o desempenho esperado. Afinal, não se sentiria afetado pela forma como o colaborador iria sofrer se perdesse o seu emprego? Não é bem assim. “Se alguém está a ter dificuldade em desempenhar as suas funções, a atitude menos compassiva que pode ter é deixar a pessoa nesse papel”, diz Weiner. Porque acaba por “perder a autoconfiança. Torna-se numa sombra do que era, o que afeta a sua equipa e a sua família. A atitude mais compassiva que pode ter é fazer a transição de forma tão graciosa quanto possível”.

Tal faz sentido. Excluindo os despedimentos em massa, por norma os trabalhadores sabem quando não estão a ter sucesso nas suas funções. Jeff Weiner acredita que o stress e a frustração associados a este sentimento podem ser mais prejudiciais que ter de procurar um novo papel noutro lugar. 

06-01-2016