“Nada é permanente, exceto a mudança”. E o mundo dos negócios é um excelente exemplo deste adágio: outrora predominantemente masculino, é cada vez mais dominado por líderes no feminino. Evidência que é por demais visível nas cinco tendências que se seguem.
1. As mulheres estão a dar o salto
Os negócios liderados no feminino competem cada vez mais com as empresas de grande dimensão. E se no passado, nos átrios ou salas de espera, era usual as mulheres sentarem-se em frente a um mar de engravatados, hoje já não é bem assim. Não só as empresas geridas por elas recebem mais pedidos de propostas de negócio, o que significa que estão a competir no mercado, como os fatos e gravatas já não são em tão grande número por comparação com apenas há uma década.
2. As empresas querem diversidade
Cada vez mais organizações, sobretudo aquelas que estão cotadas em bolsa, atribuem uma percentagem dos seus contratos a colaboradores com “diversidade”. O termo costumava ser “minoria”, que entretanto foi atualizado. Esta é uma tendência positiva, que por sua vez leva a que mais mulheres apostem num negócio e na criação de empresas.
3. O lado feminino é assumido
Se se tem, porque não exibir? Ao longo dos tempos os homens têm utilizado o seu clube de rapazes para mover influências – negócios feitos no campo de golfe, num clube só para eles ou em torno de uma garrafa de uísque e de um bom charuto. Já quando as mulheres recorrem ao seu lado feminino tendem a ser criticadas por o fazer. Somos todos humanos, como tal, a sexualidade será sempre um fator subjacente no modo como somos apercebidos. Tal resulta num jogo psicológico que elas têm agora a possibilidade de vencer ao assumirem a astúcia feminina. A intuição de uma mulher raramente está errada e é algo que os homens pura e simplesmente não têm. As mulheres são mais frontais, conseguem “ler” o ambiente que as rodeia, e têm uma confiança polida e paixão quando usam a dita “sexualidade” – sem ultrapassar limites, claro.
4. Há mais empreendedoras do que nunca
Nos EUA, por exemplo, mais de 9,4 milhões de empresas pertencem a mulheres, empregando cerca de 7,9 milhões de pessoas e gerando 1,5 triliões de dólares (dados de 2015). As organizações propriedade de mulheres (51% ou mais) representam 31% das companhias de capital privado e contribuem para 14% da taxa de emprego e 12% das receitas. Estes números devem aumentar exponencialmente ano após ano, e a esperança é que estas empresas contratem mais mulheres para que a tendência permaneça e equilibre uma contabilização historicamente masculina.
5. Os decisores reconhecem o valor delas
As mulheres tomam decisões diariamente. Por exemplo, quando pergunta a um homem sobre os sapatos que tem calçados, por norma a resposta é “pretos”, enquanto uma mulher dir-lhe-á o estilo, o preço, e, provavelmente, se são de boa qualidade ou não. As mulheres fazem o trabalho de casa quando se trata de decisões de compra, o que faz sentido, uma vez que efetuam 70 a 80% de todas as decisões de consumo para si mesmas, para as suas empresas e os seus agregados familiares. Além de que 80% das mulheres estão em algum tipo de rede social, o que significa que funcionam como influenciadoras de decisões de compra de outras mulheres. E o mundo corporativo já percebeu que, se o target do seu produto ou serviço é feminino, talvez seja boa ideia contratar uma empresa gerida por uma mulher no sentido de ter a perspetiva de... uma mulher.
Estas são tendências que estão a consolidar-se na vida e na cultura empresariais diárias. E embora as mulheres não estejam ainda “lá”, estas tendências são grandes indicadores de que elas estão, de facto, a percorrer o caminho a passos largos para tomar conta do mundo dos negócios – do alto de uns fabulosos pumps!
Fonte: Inc.com
06-03-2017