Ao concentrar-se no talento e pontos fortes dos funcionários, está a potenciar o bottom line da organização. E convém não se esquecer de lhes dar feedback de forma regular – o pior que um líder pode fazer é não falar com a sua equipa.
Larry Alton
Uma empresa é tão bem sucedida quanto os seus trabalhadores, qualquer que seja o setor de atividade. E as regras de liderança aplicam-se sempre, quer seja responsável por um escritório, por uma loja de retalho ou por um negócio online, sendo que até os melhores funcionários precisam de orientação e incentivo para ter sucesso. Mais: dar orientação é fundamental para a manutenção de um ambiente de trabalho positivo, que, por sua vez, aumenta a produtividade.
Se ter qualquer tipo de atenção por parte do topo hierárquico é melhor do que ter nenhuma, já ter atenção positiva – o que acontece quando o empregador se concentra principalmente nos pontos fortes do trabalhador – é a melhor de todas. Nesta categoria, 61% dos entrevistados sentem-se envolvidos no seu trabalho, e só 1% se sentem completamente desligados da empresa.
Colocando a questão de forma simples: ao concentrar-se no talento dos funcionários está a potenciar o seu bottom line. Os trabalhadores que usam os seus pontos fortes no local trabalho sentem-se menos stressados e mais saudáveis física e emocionalmente, o que aumenta a sua produtividade e também reforça o envolvimento positivo com os clientes e os consumidores.
Responsabilizá-los
A responsabilização (accountability) pode ser uma ferramenta de gestão bastante útil, mas só se o líder desenvolver um sistema para o fazer. Se disser a um colaborador que este é responsável pelas próprias ações depois de ele ter tomado a iniciativa, só vai confundi-lo e, provavelmente, dececioná-lo – nesta altura já é demasiado tarde para a sua reação ter um impacto real. No entanto, se descrever de forma antecipada e ao pormenor quais são as suas expetativas, cada membro da equipa vai entender o tipo trabalho pelo qual é responsável. Quando os funcionários têm a noção exata do que é suposto fazerem, o líder pode confiar que eles vão saber como agir.
Uma forma de ajudar os colaboradores a saberem com o que podem contar é o controlo do tempo. Enquanto alguns funcionários “exageram” o horário de trabalho nas suas folhas de horas, ficaria surpreendido com a quantidade daqueles que não apontam muitas das horas dedicadas a trabalhar num projeto – ou, em alguns casos, como muitos não cobram pelas horas extraordinárias por quererem agradar às chefias. Não pagar aos funcionários pelo seu tempo não só é uma má prática como é contra a lei. Ao implementar um sistema automatizado faz com que eles não se sintam vigiados/controlados – e vai ver a eficiência global melhorar por ver quanto tempo a equipa dedica a cada tarefa, e também onde o tempo poderá ser melhor despendido.
Sabia que apenas 2% dos líderes dão feedback aos seus funcionários de forma regular? Grande parte do desenvolvimento de uma equipa de sucesso consiste em ter um canal de feedback aberto. Os funcionários precisam saber em que ponto estão. Se algum deles estiver a ficar para trás em relação aos colegas, tenha uma conversa com ele logo no início, tal vai evitar que a pessoa fique confusa quando chegar a altura dos relatórios trimestrais. Por outro lado, se alguém tiver feito um projeto excelente ou tiver melhorado substancialmente algum aspeto das suas funções, diga-lhe; caso contrário, como vai saber que deve manter o bom trabalho?
É igualmente importante que o líder seja transparente e recetivo em relação ao feedback proveniente da equipa. Os funcionários devem ter espaço e sentir-se à vontade para, de modo respeitoso, expressarem quaisquer pensamentos ou preocupações. Quando ouve o que eles consideram que está bem e o que pode precisar de mudar, fica com melhor perceção de como o seu negócio está a correr.
16-05-2018
Fonte: Business.com
Larry Alton, investigador americano, escritor e bloguer, colabora com várias publicações abordando temas que vão dos media digitais às redes sociais, passando pela liderança e o empreendedorismo. É conhecido por “traduzir” os termos de tecnologia para conteúdo percetível por todos.