Ao analisar o comércio global em percentagem do PIB nos últimos 60 anos, denota-se que aumentou durante muitas décadas, no apogeu da globalização, e depois estabilizou; e, no caso da China, regrediu.
E há quem fale em “desaceleração” ou mesmo em “desglobalização”. Mas estes valores representam um movimento relativo de dois números crescentes.
O facto de o comércio chinês em percentagem do PIB ter diminuído desde o pico registado em 2008 não significa que tenha recuado, mas apenas que o crescimento interno foi ainda mais rápido.
Ou seja, trata-se do rácio entre o movimento de dois grandes agregados, em que nenhum deles está a diminuir – antes, em determinados períodos, um dos agregados cresce de forma mais rápida que o outro, o que pode parecer “desglobalização”, quando não é. A globalização continua a avançar e a adaptar-se face às crises financeiras, à instabilidade política e às emergências de saúde globais.
Fonte: Fórum Económico Mundial
12-09-2024
Portal da Liderança