Daniel Goleman diz-nos que se atualmente o coeficiente de inteligência tem vindo a aumentar, mas que pelo contrário, “há um descontrolo a nível emocional”.
“A gestão de empresas é um assunto sério. Tão sério que toca a vida de quase todas as pessoas, de quem gere e de quem sofre os efeitos das decisões de quem gere”.
Estas palavras não são minhas, mas do Rui Grilo, do José Manuel Fonseca e do João Vieira da Cunha e do seu livro “Terror ao Pequeno-Almoço”, com as quais concordo em absoluto.
Partindo deste princípio, é tão importante desenvolver a sua inteligência emocional enquanto líder, como potenciá-la nos outros elementos da sua organização.
Como o fazer?
Michael Armstrong apresentou no seu “Como ser ainda melhor gestor”, 13 etapas a seguir para potenciar a inteligência emocional (IE) na sua organização:
- Avaliar os requisitos do cargo em termos de competências emocionais;
- Avaliar as pessoas para identificar o seu nível de IE – o feedback em todas as direções (obter feedback de colegas, clientes e subordinador, bem como do chefe) pode ser uma poderosa fonte de informação;
- Avaliar a preparação – garantir que as pessoas estão preparadas para melhorar o seu nível de IE;
- Motivar as pessoas para que se convençam de que a experiência de aprendizagem lhes será benéfica;
- Tornar a mudança autodirigida – encorajar as pessoas a prepararem um plano de aprendizagem adaptado aos seus interesses, recursos e objetivos;
- Focar-se em objetivos claramente geríveis – o foco deve ser em etapas imediatas que se podem gerir, sem esquecer que cultivar novas competências é um processo gradual;
- Aceitar avanços e retrocessos; os velhos hábitos voltam a surgir de vez em quando;
- Evitar recaídas – mostrar às pessoas como podem aprender com recaídas inevitáveis;
- Dar feedback sobre o desempenho;
- Encorajar a prática, lembrando que as competências emocionais não se melhoram da noite para o dia;
- Fornecer modelos de comportamentos desejáveis;
- Encorajar e dar força – criar um clima que recompense auto-melhorias;
- Avaliar – estabelecer medidas razoáveis dos resultados e, depois, avaliar com elas o desempenho.
É importante que, enquanto líder, atue ao nível da sua organização e potencie a inteligência emocional. Desta forma estará não só a contribuir para o desenvolvimento das pessoas que colaboram consigo, como a potenciar o ambiente de trabalho e a produtividade da sua empresa. Colaboradores conscientes e emocionalmente estáveis são talentos energizados, pessoas comprometidas e equipas motivadas.
Não se esqueça. Um líder leva as pessoas consigo e é através delas que atinge os objetivos a que se propôs e alcança o sucesso desejado.
Fátima Rodrigues é gestora do Portal da Liderança e editora de conteúdos da Leadership Business Consulting, tendo sido coordenadora editorial da área de business do grupo Almedina e lecionado na Congrégation Saint-Joseph de Cluny. Esteve ligada vários anos ao Conselho da Europa, onde exerceu funções de formadora do GERFEC em relações interculturais e interreligiosas em contexto corporativo e social. É fundadora e administradora geral projeto online de fomento à leitura Segredo dos Livros.