E as 10 tecnologias emergentes são…

E as 10 tecnologias emergentes são…
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Enquanto líder, tem de estar a par das novidades. Apresentamos-lhe o top 10 das tecnologias emergentes segundo os especialistas do Fórum Económico Mundial. E que, mesmo que esta não seja a sua área, podem ter repercussões no seu negócio e na forma como investe. Além de que nunca se sabe de onde podem vir as ideias para inovar na sua organização.

Uma variedade de tecnologias inovadoras – que vão das pilhas que fornecem energia a aldeias inteiras até à inteligência artificial (IA) “socialmente consciente”, passando pela nova geração de painéis solares – pode estar em breve a desempenhar um papel determinante na forma como lidamos com os desafios mais prementes no globo, de acordo com um relatório do Fórum Económico Mundial, que reuniu o top 10 das tecnologias emergentes de 2016.

Compreender as implicações destas tecnologias é crucial, tanto para o uso de novas e poderosas ferramentas como para a sua integração no nosso quotidiano. O objetivo deste top 10 é criar uma estrutura de apoio a decisores, reguladores, líderes de empresas e ao público de uma forma geral.

A lista, compilada pelo Meta-Conselho sobre Tecnologias Emergentes do Fórum Económico Mundial e publicada em colaboração com a revista Scientific American, destaca os avanços tecnológicos que os seus membros acreditam que têm o poder de melhorar a nossa vida, transformar as indústrias e proteger o planeta. Este top 10 é também uma oportunidade para debater as preocupações e os riscos ambientais, sociais ou económicos que as tecnologias podem representar antes da sua adoção generalizada.

Bernard Meyerson, diretor de inovação na IBM e presidente do meta-conselho de tecnologias emergentes, afirma que “procurar tecnologias emergentes é crucial para nos mantermos a par dos desenvolvimentos que podem transformar radicalmente o nosso mundo, permitindo a análise dos especialistas em tempo útil e a preparação para estes disruptores”. 

Um dos critérios utilizado pelos membros do Conselho nas suas deliberações é a probabilidade de 2016 representar um ponto de viragem na implantação de cada tecnologia. Ou seja, a lista inclui algumas tecnologias já conhecidas há uns anos, mas que só agora estão a atingir um nível de maturidade cujo impacto pode ser sentido de modo significativo. 

Jeremy Jurgens, chief information e interaction officer, bem como membro do comité executivo do Fórum Económico Mundial, declara que, “à medida que entramos na Quarta Revolução Industrial, é vital desenvolvermos normas e protocolos comuns para garantir que a tecnologia serve a humanidade e contribui para um futuro próspero e sustentável”. Ao compilar esta lista o Meta-Conselho quer sensibilizar para o potencial das diferentes tecnologias e contribuir para colmatar lacunas em termos de investimento, regulação e compreensão pública que tantas vezes frustram o progresso. Segue-se assim o top 10 das tecnologias emergentes de 2016: 

Top 10

1. Nanosensores e a internet das nanocoisas
Espera-se que a internet das coisas (IoT – Internet of Things) esteja em 30 mil milhões de dispositivos em 2020, sendo que uma das áreas mais excitantes hoje nesta área é a dos nanosensores, capazes de circular no corpo humano ou de serem incorporados em materiais de construção. Uma vez conectada, esta internet das nanocoisas (IoNT – Internet of NanoThings) pode ter grande impacto no futuro da medicina, na arquitetura, na agricultura e na produção de medicamentos. 

2. Pilhas de nova geração
Um dos maiores obstáculos para a energia renovável é o equilíbrio entre a oferta e a procura, mas os avanços recentes em armazenamento de energia com o recurso a pilhas de sódio, alumínio e zinco cria mini redes viáveis que podem fornecer energia limpa e fiável a localidades inteiras. 

3. Blockchain
No âmbito da moeda virtual Bitcoin, o blockchain é a estrutura de dados que representa a entrada financeira ou o registo de uma transação, e que entretanto suscitou o interesse de uma variedade de indústrias. Com o investimento de risco relacionado com o blockchain superior a mil milhões de dólares em 2015, só agora está a emergir o impacto económico e social do potencial do blockchain para mudar a forma como os mercados e Governos trabalham. Esta infraestrutura digital tem potencial para melhorar os registos públicos e reforçar os sistemas legais e de governança representativa e participativa. 

4. Materiais 2D
O grafeno (o material mais fino do mundo, com um átomo de espessura) pode ser o mais conhecido, mas não é o único. A queda nos custos de produção de materiais 2D significa que estes estão a emergir numa variedade de aplicações, dos filtros de ar e de água às novas gerações de wearables (tecnologia para vestir), passando pelas pilhas.

5. Veículos autónomos
Os carros que se conduzem sozinhos podem não ser ainda totalmente legais na maioria das geografias e precisarem de “afinações” em algumas questões, mas o seu potencial para salvar vidas, reduzir a poluição, impulsionar as economias e melhorar a qualidade de vida dos idosos e de outros segmentos da sociedade levou à rápida implantação de precursores-chave na direção da autonomia plena.

6. Órgãos em chips
Os modelos em miniatura de órgãos humanos – do tamanho de um cartão de memória – podem revolucionar a investigação médica e a descoberta de medicamentos. Isto porque as simulações em miniatura permitem que os investigadores estudem mecanismos fisiológicos e comportamentos de uma forma até agora impossível, criando oportunidades para o desenvolvimento de fármacos. 

7. Células solares de perovskita
Este novo material fotovoltaico proporciona três tipos de aperfeiçoamento por comparação com as clássicas células solares de silicone: é mais fácil de produzir, pode ser usado virtualmente em qualquer lugar e, até à data, continua a gerar energia de forma mais eficiente.

8. Ecossistema aberto de IA
Os avanços partilhados no processamento de linguagem e nos algoritmos de consciência social, juntamente com a disponibilização sem precedentes de dados, permitirá em breve que assistentes digitais inteligentes ajudem em várias tarefas, desde monitorizar as suas finanças e a saúde ao aconselhamento sobre a escolha do guarda-roupa. É a inteligência artificial (IA) “socialmente consciente”.

9. Optogenética
O uso da luz e cor para registar a atividade dos neurónios já existe há algum tempo, mas, com os desenvolvimentos recentes, a luz vai agora mais longe no tecido do cérebro, o que pode levar a melhorias nos tratamentos de condições como como o Parkinson ou a depressão.

10. Sistemas de engenharia metabólica
Com os avanços em biologia sintética, na biologia de sistemas e na engenharia evolutiva, cresce a cada ano a lista de produtos que podem ser fabricados de melhor forma e mais barata com o recurso a plantas em vez de combustíveis fósseis. De forma simples, transforma os micróbios em fábricas. E, ao contrário dos combustíveis fósseis, os produtos químicos feitos a partir de microrganismos são renováveis de forma infinita, enquanto emitem relativamente poucos gases com efeito de estufa.

05-07-2016


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