Isto porque dizer “não quero” pode soar um pouco a… lamúria. Enverede antes por estas alternativas.
“Não quero”. Quantas vezes quis dizer estas duas palavras na sua vida profissional? O número deve estar bem lá no alto. Como naquela altura em que esteve à procura de uma forma de se livrar do evento de networking que o seu amigo não parava de implorar para irem. Ou quando não lhe apeteceu tomar café com aquela recém-conhecida para que pudessem “trocar ideias”. Ou naquele momento em que teve vontade de o gritar na cara do superior hierárquico após ter recebido um projeto que lhe suscitou tudo menos alegria. Não há escassez de exemplos/casos apetecíveis para empregar esta curta frase. Mas, ao dizermos algo sequer remotamente similar a “não quero” vai parecer que estamos a ser choramingas, e imaturos.
No entanto deve haver uma maneira “airosa” de nos livrarmos de algo que preferíamos não ter de fazer. Boas notícias: há uma maneira. Aliás, há três, de acordo com um artigo na plataforma de emprego e gestão de carreira The Muse. Basta empregar uma das três frases que se seguem: soam muito mais profissionais, mesmo que por dentro estejamos a gritar “Eu não quero!”.
1. “Não tenho tempo”
Na maioria dos casos, quando nos encontramos numa situação em que tentamos escapar a mais um compromisso, o raciocínio é simples: é porque a nossa agenda já está muito preenchida. Ou seja, estarmos ocupados ou com as nossas horas todas preenchidas é um motivo perfeitamente justificável para dizer “não” a algo, por isso, não temos de ter receio de o usar.
No sentido de amortecer um pouco mais a negativa, pode começar por dizer “Eu adoraria, mas…” e completar com o resto.
2. “Talvez na próxima vez”
Esta frase funciona especialmente bem em obrigações de carácter mais social – como receber um convite para uma happy hour ou para um almoço com um contacto/conhecido.
Ao fazer referência a uma “próxima vez”, estamos a declinar de forma educada o convite sem fechar totalmente a porta. Será um pouco desonesto, ou passivo-agressivo, sobretudo se não tencionarmos aceder ao que nos é pedido? Talvez. Mas, se no momento o foco é apenas ficarmos o mais longe possível da situação, com esta frase teremos o efeito pretendido.
3. “Não, obrigado”
Às vezes, descomplicar é o caminho a seguir. O artigo na plataforma The Muse cita a resposta do professor da Southern Virginia University, Orson Scott Card, na Quora, sobre como, se e quando não queremos fazer algo, o melhor é responder com um simples: “Não, obrigado”. “Se tentar explicar, a pessoa que está a propor a atividade pode argumentar, avançar com outro dia para o fazer, ou dizer que está enganado quanto a não fazer a atividade proposta”, enumera o também escritor de ficção científica, concluindo que, “eventualmente, terá de mentir [inventar desculpas], irritar-se, ser menos polido ou ceder”.
Ao proferir apenas a rejeição de forma graciosa, não se está a dar espaço de manobra para debate/discussão. E o interlocutor terá de aceitar o facto de que estamos a recusar – ou corre o risco de parecer rude se continuar a insistir quando deixámos bem claro que não estamos interessados.
Há muitas coisas que não queremos fazer na nossa vida profissional (no entanto, por vezes não temos outra opção a não ser fazê-las). Pelo que, naqueles momentos em que precisamos de algo melhor que “não, não quero!”, podemos apoiar-nos nestas três frases. Isto porque estamos a transmitir que temos obrigações pela frente, mas de uma forma e com a dose certa de cortesia e de profissionalismo.
10-10-2018
Portal da Liderança