Top 10 líderes empresariais brasileiros de 2014: O percurso do quem é quem no mercado brasileiro

Top 10 líderes empresariais brasileiros de 2014: O percurso do quem é quem no mercado brasileiro
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O que têm em comum os líderes empresariais considerados de boa reputação? Como chegaram ao topo? E quem são os 10 mais considerados a operarem no mercado brasileiro em 2013-2014?

Para que um líder e uma organização consigam uma boa reputação, não contam só os resultados financeiros obtidos, mas também as equipas que lideram, a qualidade da marca que defendem e a transparência dos seus produtos, serviços e formas de atuação no mercado.

O comportamento ético, a aposta na inovação efetiva e a atividade que desenvolvem internacionalmente são outros dos aspetos a ter em conta quando se fala da reputação dos líderes e das suas empresas.

A Merco e o Ibope desenvolveram um estudo e apontaram os 10 mais. Para tal, consultaram executivos, analistas financeiros, ONG, sindicatos, jornalistas, associações de consumidores, académicos e o público em geral.

No Top 10 dos líderes empresariais brasileiro de 2014 figuram:

Jorge-Gerdau-Brasil-Grupo-Gerdau1. Jorge Gerdau

Jorge Gerdau Johannpeter é presidente do conselho de administração do Grupo Gerdau.

Com catorze anos, durante as férias escolares, trabalhou na fábrica da família nas máquinas de produção de pregos, convivendo com os operários. À tarde, trabalhava no escritório, onde aprendia a tirar notas fiscais; à noite, estudava contabilidade. Em 1961, formou-se em Direito pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Na década de 60, quando ajudava o pai na gestão dos negócios, percebeu que estava na altura de expandir, pelo que comprou a Fábrica de Arames São Judas, em São Paulo. A próxima compra seria a Siderúrgica Açonorte, em Pernambuco. Em 1972, adquiriu a Companhia Siderúrgica da Guanabara. A partir daquele momento, o Grupo Gerdau entendeu que era preciso sair do Rio Grande do Sul e, mais tarde, ultrapassar as fronteiras do país, a fim de não perder a competitividade.

Desde 1973, que faz parte do Conselho de administração. Em 1983, tornou-se o diretor-geral do Grupo Gerdau, justamente no momento em que o grupo se tornou num dos maiores conglomerados siderúrgicos do mundo, cargo que ocupou até 2006.


Roberto-Setubal-Banco-Itau-Brasil2. Roberto Setubal

Roberto Egydio Setubal é presidente do Banco Itaú.

Formado pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo e mestre em Engenharia pela Universidade Stanford, tornou-se residente da instituição que teve origem na fusão do banco Itaú com o Unibanco, o Itaú Unibanco. Foi considerado pela Revista Época um dos 100 brasileiros mais influentes do ano 2011 e 2012.

Roberto Setubal foi apontado como banqueiro do ano 2011 pela revista europeia Euromoney. De acordo com esta, Setúbal foi premiado em virtude dele e da sua equipa terem conseguido aumentar nesse ano o capital do banco brasileiro de 2 biliões de dólares em 1994, quando assumiu o cargo, para 100 biliões de dólares. Como resultado, o Itaú Unibanco tornou-se num dos dez maiores bancos do mundo em valor de mercado. "Dos bancos que se destacaram nas economias emergentes, o Itaú Unibanco é o mais bem-sucedido, e o mais bem posicionado para prosseguir com a sua impressionante expansão", afirmou a revista.

O banco também foi reconhecido como o principal da América Latina, pela quarta vez, e como o melhor do mercado brasileiro, pela 13ª vez, de acordo com o Itaú.

Ao receber o prémio, Roberto disse ter-se sentido honrado com este e mencionou ter aprendido com o seu pai, Olavo Setubal, fundador do banco, a ir para "além da simples análise de números. Buscamos desenvolver, desafiar e reconhecer os nossos 109 mil talentos, no Brasil e no exterior", afirmou.


Abilio-Diniz-BRF-Brasil3. Abílio Diniz

Abílio dos Santos Diniz é Presidente do Conselho de Administração da BRF.

Abílio é o primeiro dos seis filhos de Valentim Diniz, imigrante português que chegou ao Brasil em 1929 e que, em 1948, abriu uma pastelaria chamada de Pão de Açúcar. Durante a infância e a juventude, dividiu o seu tempo entre os estudos e o desporto. Formou-se na Escola de Administração de Empresas de São Paulo, mantida pela Fundação Getúlio Vargas, em São Paulo.

Ingressou na empresa do pai aos 20 anos, como gerente de vendas e, com as técnicas aprendidas nos Estados Unidos, fundou em 1959 o primeiro supermercado do grupo. Em 1979 tornou-se membro do Conselho Monetário Nacional, de onde sairia dez anos depois.

No fim dos anos 80, Abílio dos Santos Diniz, juntamente com a recessão provocada pelos planos económicos da época, como o Plano Collor, que o levaram a reestruturar as atividades do grupo, incluindo o fecho de um terço das lojas deficitárias e a demissão de 22 700 funcionários, teve de enfrentar uma disputa de família para ficar com todas as ações do grupo, tendo tido êxito em 1992. Três anos depois, Abílio Diniz decidiu abrir o capital da empresa.

Em 1999, o grupo francês Casino assumiu 24% do capital votante do grupo. Em 2000, o empresário iniciou um novo processo de reengenharia da Companhia Brasileira de Distribuição e assumiu a liderança no ranking das maiores redes de retalho do país.

O grupo fechou o ano 2000 com 416 lojas em onze estados brasileiros. Além dos supermercados Pão de Açúcar e da Comprebem, fazem parte da rede o hipermercado Extra, as lojas de eletrodomésticos Extra-Eletro e as lojas do supermercado Sendas.

Em 2009 o Grupo Pão de Açúcar fechou a compra da rede Ponto Frio e tornou-se líder no retalho brasileiro, com cerca de 26 biliões de reais de facturamento. A participação dos controladores do Ponto Frio foi adquirida por 824,5 milhões de reais, o equivalente a 70,24% do capital total, com parte do valor pago em ações do Grupo.

Desde 2012, o Grupo Casino assumiu o controlo do Grupo Pão de Açúcar. Atualmente, Abílio Diniz tem-se vindo a afastado das atividades operacionais da empresa, mantendo-se como presidente do Conselho de Administração.


Jorge-Paulo-Lemann-Brasil-Heinz4. Jorge Paulo Lemann

Jorge Paulo Lemann, empresário suíço-brasileiro, descende de imigrantes suíços.

Os pais de Jorge Paulo Lemann emigraram da região de Emmental, na Suíça, tendo o seu pai fundado a fábrica de laticínios Leco, abreviatura de Lemann & Company.

A sua educação básica deu-se na Escola Americana do Rio de Janeiro e graduou-se em economia na Universidade Harvard. Depois de se formar, trabalhou para o banco Credit Suisse.

Em 1971, adquiriu a Garantia, uma pequena corretora de valores que, em 1976, foi transformada num banco de investimentos, o Banco Garantia, vendido em 1998 ao Credit Suisse.

É um dos controladores da AmBev, fabricante de bebidas resultante da fusão entre a Brahma e Antarctica. Posteriormente, em 2004, o grupo fundiu-se com a belga Interbrew, formando a InBev, na altura a segunda maior cervejaria do mundo.

Após a compra da Anheuser Busch, fabricante da Budweiser, em 2008, a empresa passou a chamar-se AB InBev, tornando-se na maior cervejaria do mundo e tendo como maior concorrente a SABMiller.

Lemann é também dono da rede de fast food Burger King, da B2W, grupo que reúne as empresas de retalho e comércio eletrónico Lojas Americanas, Americanas.com, Submarino e Shoptime, além de outros interesses. É habitual fazer negócio em parceria com Marcel Hermann Telles e Carlos Alberto Sicupira, sendo sócios há quase quatro décadas.

Em sociedade com Marcel Telles e Beto Sicupira, fundou a GP Investiments, administradora de fundos de investimento privados com participações expressivas na Telemar, Gafisa, América Latina Logística, entre outras grandes empresas. Vendeu parte da GP Investiments a antigos funcionários, entre eles a Antônio Bonchristiano, em 2003.

Na Gilette, foi acionista junto com Warren Buffett e, quando a empresa foi incorporada pela Procter & Gamble, recebeu ações da nova companhia.

Com os sócios Telles e Sicupira, Lemann fundou a 3G Capital, em 2004, com sede em Nova York e Rio de Janeiro.

Em parceria com a empresa multinacional Berkshire Hathaway, pertencente ao investidor Warren Buffett, a 3G adquiriu, em fevereiro de 2013, a norte-americana de ketchup H. J. Heinz Company por 23,2 biliões de dólares.

Em agosto de 2014 Lemann possuía uma fortuna avaliada atualmente em 49,85 biliões de reais, o que o torna no brasileiro e no segundo suíço mais rico. A sua fortuna é a 34ª maior do mundo.

Lemann foi tenista e surfista na juventude, tendo representado a Suíça no campeonato Davis de 1962 e o Brasil em 1973. Foi penta campeão brasileiro de ténis.

Em março de 2013, através do fundo Innova, adquiriu 20% da sorveteria Diletto com o objetivo de a tornar numa concorrente da Häagen-Dazs.

Lemann é fundador da Fundação Lemann, sem fins lucrativos, criada em 2002, e que tem como objetivo melhorar a qualidade da educação pública no Brasil através de diversos projetos, tendo como foco garantir a aprendizagem dos alunos. O objetivo por detrás de todos os projetos é o de contribuir para que o país seja capaz de oferecer uma educação de alto nível a todos.

É cofundador e membro do conselho da Fundação Estudar, que há duas décadas proporciona, através de bolsas de estudo para brasileiros talentosos, a possibilidade de estudar em universidades de ponta nos Estados Unidos, Brasil e noutros países.


Luiza-Helena-Trajano-Magazine5. Luiza Helena Trajano

Luiza Helena Trajano Inácio Rodrigues, empresária brasileira, comanda a rede de lojas de retalho Magazine Luiza e outras empresas integradas na sua holding.

Formada em direito pela Faculdade de Direito de Franca, em 1972, conseguiu transformar uma rede de lojas localizadas em Franca, interior de São Paulo, numa rede suficientemente forte para competir com gigantes do segmento, como a Casas Bahia e o Ponto Frio. Passou por diversos setores, como pelo financeiro, antes de se tornar diretora da Magazine Luiza, cargo já ocupado pelo seu pai.

Luiza fez sucesso nas redes sociais após participar numa entrevista no programa Manhattan Connection, onde rebateu as críticas feitas pelo apresentador Diogo Mainardi. Mainardi afirmou que o retalho brasileiro estava em crise, o que Luiza refutou argumentando que o Brasil estaria a viver a "década do retalho" e que enviaria ao apresentador os dados corretos.


Antonio-Ermirio-Moraes-Votorantim-Brasil6. Antônio Ermirio de Moraes

Antônio Ermírio de Moraes (1928 - 2014) foi empresário, engenheiro e industrial no Brasil. Foi presidente e membro do conselho de administração do Grupo Votorantim.

O seu pai, o engenheiro José Ermírio de Moraes, criou o Grupo Votorantim, através da compra das ações de uma empresa de tecelagem localizada na cidade homónima, no estado de São Paulo, que pertencia ao seu sogro, o avô de Antônio Ermírio, o imigrante português António Pereira Inácio, e tendo diversificado o negócio.

Antônio Ermírio nasceu sem um rim, o que o fez lutar toda a vida. Formou-se em engenharia metalúrgica em 1949 pela Colorado School of Mines, a mesma universidade em que o seu pai, José Ermírio, estudou.

Na década de 1950, a sua família foi rotulada de louca por querer concorrer com os grandes produtores de alumínio, como Alcan, Alcoa e Vale, ao fundar a Companhia Brasileira de Alumínio. A empresa iniciou operações em 1955, produzindo apenas 4 mil toneladas, tendo completado nos seus 50 anos de existência, 400 mil toneladas.

Em 1956, teve de contrair empréstimos que equivaliam a 16 meses de facturamento, altura em que veio a sofreu um acidente ao visitar a unidade e em que foi queimado com soda cáustica e ficado um mês de cama. Esta experiência ajudou-o a sedimentar a sua obsessão por conduzir o Grupo Votorantim da forma mais conservadora possível, evitando contrair dívidas.

Após assumir o grupo, Antônio Ermírio transformou-o numa multinacional, com a aquisição de uma fábrica de cimento no Canadá. Expandiu o Grupo Votorantim, com mais de 60 mil funcionários, e atua nas áreas do cimento, celulose, papel, alumínio, zinco, níquel, aços longos, filmes de polipropileno biorientado, especialidades químicas e sumo de laranja.

Quando fundou um Banco, não se conformava com o facto deste, ocupando apenas um andar e empregando poucos funcionários, ser mais lucrativo do que a sua Companhia Brasileira de Alumínio. Em relação ao banco, Ermírio costumava brincar dizendo que a instituição só foi criada "para não pagar os juros cobrados pelo mercado e estabelecidos pelo Banco Central".

Ao mesmo tempo que lida com matérias-primas, Ermírio deu o aval para a criação da Votorantim Ventures, a mais jovem das empresas do grupo criada há cerca de quase quatro anos. A Ventures é um fundo de investimento com trezentos milhões de dólares para investir em áreas tão diversificadas como a biotecnologia, a bioinformática, a distribuição de MRO, os serviços de data center e de call center, o comércio eletrónico e a biodiversidade.

Assim como o pai, aventurou-se na política, tendo-se candidatado a governador nas Eleições estaduais em São Paulo de 1986 pela União Liberal Trabalhista Social, tendo ficado em segundo lugar. Durante esta experiência, ficou chocado com as manobras políticas e fisiológicas, em que todos os que o abordavam pediam cargos para poder ficar sem trabalhar.

Foi a frustração com a política que o levou a escrever peças teatrais, dizendo que "a política é o maior de todos os teatros". É autor de três peças de teatro que reunidas deram origem à peça "Acorda Brasil", que foi vista por 26 mil pessoas. Escreveu uma coluna ao domingo na Folha de São Paulo durante 17 anos.

Antônio Ermírio dedicou parte de seu tempo à Sociedade Beneficência Portuguesa de São Paulo, cerca de uma hora e meia todos os dias. Também se dedicou à Associação Cruz Verde de São Paulo, à Fundação Antônio Prudente, entre outras organizações não governamentais.

Em 2001 deixou a presidência do conselho de administração do Grupo Votorantim, tendo passado o comando do conglomerado aos filhos e sobrinhos.


Fabio-Colletti-Barbosa-Abril-Santander-Brasil7. Fabio Colletti Barbosa

Fábio Colletti Barbosa, executivo brasileiro, presidiu ao Grupo Santander Brasil e à Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) sendo, atualmente, presidente do Grupo Abril S/A.

Graduado em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas, instituição onde atuou como professor nas áreas de Mercado de Futuro e Derivativos, fez um MBA no International Institute for Management Development (Suíça).

Fábio Barbosa iniciou a sua carreira na Nestlé, onde trabalhou durante 12 anos na Suíça e nos EUA, nas áreas de finanças e controlo de gestão. A partir de 1986 trabalhou durante 7 anos no Citibank, onde atuou nas áreas de controlo, planeamento e tesouraria. De 1993 a 1995 foi Presidente da LTCB Latin America, uma subsidiária Brasileira do The Long Term Credit Bank do Japão.

Em setembro de 1995 começou a trabalhar no banco holandês ABN AMRO. Foi indicado para presidente da instituição no Brasil em agosto de 1996, tendo assumido a Presidência do Banco Real em novembro de 1998, por ocasião da aquisição do último pelo grupo holandês. Em janeiro de 2006 assumiu a responsabilidade pelas atividades do ABN AMRO em toda a América Latina.

Em 2007 assumiu a presidência da FEBRABAN, sendo o primeiro presidente de um banco estrangeiro a presidir a esta entidade. Lutou por aumentar a transparência (STAR – sistema para comparar tarifas), o diálogo entre outros setores da economia e a educação financeira. Implantou também o DDA e a auto regulação bancária.

No final de 2007, o ABN Amro Bank foi vendido para o consórcio formado pelo Royal Bank of Scotland, pelo espanhol Santander e pelo belgo-holandês Fortis, tendo o Santander ficado com a operação brasileira. Em julho de 2008, Fábio Barbosa tornou-se presidente do Grupo Santander Brasil, formado pelo Santander e Banco ABN AMRO Real.

Em 2011, foi integrado no livro “Conversas com Líderes Sustentáveis” em virtude da sua gestão no banco Santander voltada para a sustentabilidade.

Barbosa foi também Membro do conselho de administração da Petrobras entre 2003 e 2011, membro do Conselho de Desenvolvimento Económico e Social da Presidência da República do Brasil e do Instituto Empreender Endeavor (ONG que estimula o empreendedorismo).

Em agosto de 2011 assumiu a Presidência Executiva da Abril S.A.

Fábio C. Barbosa foi responsável pelo processo de integração das culturas do Banco Real e do ABN AMRO, quando este comprou o banco brasileiro em 1998. Com o passar dos anos, Barbosa colocou em práticas alguns valores pessoais que julgava muito importantes para a sua vida e carreira.

A frase “Dar certo, fazendo a coisa certa, do jeito certo” é o seu lema de gestão. Desde 2000, e com base nessa crença, o Banco Real colocou em prática uma iniciativa de sustentabilidade ligada aos negócios, que resultou num amplo reconhecimento nacional e internacional. O caso da integração da sustentabilidade nos negócios passou a ser objeto de estudo na universidade de Harvard.

Em 2006, o Banco Real foi escolhido como o "Banco Sustentável do Ano em Mercados Emergentes”, na 1ª edição do Sustainable Banking Award, do Financial Times. No mesmo ano, o banco foi também agraciado pela Câmara Internacional de Comércio com o World Business Awards, um prémio que reconhece os esforços de instituições para o cumprimento dos Objetivos do Milénio. Em 2008, para além de ter sido reconhecido com importantes prémios nacionais, o Banco Real voltou a ser reconhecido pelo Financial Times, desta vez como o banco mais sustentável do ano no mundo.


Alessandro-Carlucci-Natura-Brasil8. Alessandro Carlucci

Formado em Administração de Empresas, Alessandro Carlucci integrou a Natura em 1989, para atuar na área de Vendas e Marketing. Desde então, passou pela direção de Vendas no Brasil, pela coordenação de Operações Internacionais, pela vice-presidência dos Negócios, até ter assumido a presidência da empresa em 2005.

Devido aos anos que dedicou à empresa, Alessandro foi considerado representante da postura ética, transparente e inovadora pela qual esta é conhecida.

Em 2013, a Natura foi apontada pela Merco como líder no Brasil nos rankings de melhor reputação de empresa, responsabilidade e governação corporativa.

Alessandro Carlucci deixou a Natura em agosto de 2014.


Murilo-Ferreira-Vale-Brasil9. Murilo Ferreira

Murilo Ferreira é presidente da Vale.

Administrador de Empresas formado pela Fundação Getúlio Vargas de São Paulo, Ferreira ingressou na Vale em 1998, como diretor financeiro e comercial das operações de alumínio.

Antes disso, passou pela Albras, fabricante também de alumínio, e ainda pela própria Vale, na época em que era estatal.

Ferreira foi um dos auxiliares mais próximos de Roger Agnelli, a quem sucedeu em 2011. O executivo ocupou a diretoria de fusões e aquisições da Vale, sendo o responsável por detetar oportunidades de negócios em todo o mundo, tendo assessorado Agnelli na aquisição da canadiana Inco.

A compra da Inco, em 2006, é considerada por muitos como o divisor de águas da Vale, visto que a levou para o mercado mundial na indústria mineira. Esta aquisição elevou a Vale de quarta para a segunda posição no ranking das maiores indústrias mineiras diversificadas do planeta. Para além disso, o níquel passou, de imediato, a ser o segundo produto mais importante da empresa brasileira.

Em janeiro de 2007, Ferreira foi nomeado presidente da Inco, quando Scott Hand, que ocupava o cargo, decidiu aposentar-se. À frente da Inco, Ferreira ganhou fama de austero no controle de custos e na integração das estruturas antes dispersas da Inco. Uma das primeiras medidas do executivo foi cortar os luxos da direção e implantar um sistema espartano de trabalho. Uma das excentricidades que encontrou, por exemplo, foi o facto de a sede da Inco, no Royal Bank Plaza, ter janelas revestidas a ouro. Ferreira determinou que os diretores tivessem salas padronizadas com uma decoração mais sóbria, aboliu os e-mails e incentivou a conversa cara-a-cara.

Os maiores desafios, porém, estavam na área operacional. Ferreira iniciou o trabalho de integração e de centralização das decisões. Antes da sua chegada, cada mina ou refinaria da Inco tinha autonomia para decidir como bem entendesse o uso do dinheiro que lhe chegava.


Luiz-Carlos-Trabuco-Cappi-Bradesco10. Luiz Carlos Trabuco Cappi

Luiz Carlos Trabuco Cappi é presidente do Banco Bradesco.

Aos 18 anos, começou a trabalhar no Banco Bradesco, quando iniciou a sua carreira bancária. Formado pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo, possui uma Pós-Graduação em Sócio-Psicologia pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo.

Em março de 2003 assumiu a presidência do Grupo Bradesco de Seguros e Previdência, onde aumentou a participação no facturamento da Organização Bradesco, que chegou a 40% do resultado do Grupo. Também foi presidente da Comissão Nacional de Marketing Financeiro da FEBRABAN, Anapp e vice-presidente executivo da organização.

Seguindo a tradição do Bradesco, um banco de carreira fechada e que valoriza a "prata da casa" é mais um exemplo do bancário que virou banqueiro, ao assumir a presidência do Banco Bradesco S/A em 2009. Trabuco é o terceiro presidente do banco desde a morte de Amador Aguiar, em 1991.

Foi considerado pela Revista Época um dos 100 brasileiros mais influentes do ano de 2009.


O Top 10 dos líderes empresariais:
  1. Jorge Gerdau, Grupo Gerdau
  2. Roberto Setúbal, Banco Itaú
  3. Abílio Diniz, BRF
  4. Jorge Paulo Lemann, 3G Capital; H. J. Heinz Company; AmBev
  5. Luiza Helena Trajano, Magazine Luiza
  6. Antônio Ermirio de Moraes, Grupo Votorantim
  7. Fabio Colletti Barbosa, Grupo Abril S/A
  8. Alessandro Carlucci, Natura
  9. Murilo Ferreira, Vale
  10. Luiz Carlos Trabuco Cappi, Banco Bradesco


Fontes: Merco; Wikipédia