Neste começar de um novo ano, num mundo de incertezas, o espírito de Churchill pede-nos que sejamos otimistas. O estadista que liderou o Reino Unido durante a II Guerra Mundial e que fez frente a Hitler, apesar de todas as probabilidades de insucesso, é conhecido por dizer “nunca desistir”.
Precisamos hoje, mais do que nunca, da inabalável marca de otimismo de Churchill.
Deixamos o que este grande homem tinha a dizer sobre este tema e como poderemos aplicar de imediato a sua sabedoria nas nossas vidas.
Um pessimista vê a dificuldade em toda a oportunidade; um otimista vê a oportunidade em toda a dificuldade.”
Muitas pessoas vivem hoje uma vida onde tudo é visto como uma luta. A necessidade que sentimos hoje de fazer tudo imediatamente, quando sabemos que leva tempo, está a resultar numa frustração infinita. A forma de o fazer à maneira de Churchill, é dando a volta a esta realidade.
Veja a felicidade do fazer acontecer. Veja a oportunidade em cada desafio.
Sou otimista para mim mesmo – parece não haver muito mais utilidade em ser outra coisa qualquer.”
Porquê ser outra coisa qualquer que não um otimista? Se é gestor, contrate pessoas otimistas. Se é candidato a colaborador, não tenha medo de mostrar o seu otimismo.
Ser pessimista não o irá ajudar.
Tem inimigos? Que bom. Isso significa que defendeu alguma coisa, alguma coisa na sua vida.”
No seu dia a dia, podemos não ter “inimigos” no sentido habitual da palavra, mas é habitual encontrarmos pessoas que não gostam de nós ou que não concordam connosco.
Vejamos sob o ponto de vista de Churchill e congratulemo-nos por sermos únicos e por defendermos os nossos princípios.
Nada na vida é tão emocionante como ser atingido sem que surta resultado.”
É possível que até hoje ninguém na história tenha sido alvo de tantas tentativas de assassinato como foi Churchill. Em 1940, uma mulher pró-nazi atirou-se a Churchill com uma faca, tendo sido manietada por este.
Os nazis tentaram também matá-lo com um chocolate explosivo. Noutra tentativa, dois terroristas preparavam-se para disparar contra o seu carro, quando um guarda-costas o atirou para o chão (Churchill ficou furioso quando foi atirado para o chão, tendo dito ao seu guarda-costas “Nunca mais faças isso”). Será possível que o profundo otimismo de Churchill lhe tenha salvado a vida vezes e vezes seguidas?
O otimismo pode salvar vidas.
O contínuo empenho – não a força ou a inteligência – é a chave para desbloquear o nosso potencial.”
Quando estiver a tentar encontrar razões para ser otimista, tenha consciência de que um empenho contínuo levá-lo-á sempre ao sucesso. Se conseguir persistir, continuar a tentar e não desistir – será bem-sucedido quando os mais inteligentes e os mais fortes tiverem falhado.
O otimismo vence a inteligência e a força.
A atitude é aquela pequena coisa que faz a grande diferença.”
Pderá apenas o otimismo fazer realmente uma grande diferença? Olhemos para Churchill e em como este inspirou as pessoas. De um ponto de vista puramente lógico, não havia qualquer hipótese de a Grã-Bretanha vencer ao fantástico poder militar alemão. Mas o otimismo de Churchill e a profunda crença nas suas pessoas fez toda a diferença.
Uma atitude otimista consegue ultrapassar mesmo as batalhas mais difíceis.
O motivo por que devemos ser otimistas: a ajuda vem a caminho
Um dos motivos pelos quais Churchill era tão otimista era porque não tinha receio de pedir ajuda. Neste novo ano, peça ajuda mais frequentemente e a mais pessoas. O resultado será o aumento exponencial do seu otimismo.
Em 1940, numa nota ao Presidente Norte-Americano Roosevelt, Churchill não perdeu tempo e perguntou-lhe se este o ajudava. Note que começou por dizer que sabia que o Presidente queria ajudá-lo, uma estratégia que Churchill usava frequentemente para garantir a ajuda que precisava.
(Fotografia cedida pela biblioteca Franklin D. Roosevelt)
É um futuro fantástico, se quisermos que este assim o seja
Durante a II Guerra Mundial, Churchill não ouviria nada sobre serem derrotados. No seu discurso de 1940 na Câmara dos Comuns, é do conhecimento de todos a sua expressão: “Nunca nos renderemos.”
Na sua vida, adote a visão de Churchill e não se renda. Em vez disso, olhe para o ano que se lhe depara com grande otimismo e abrace o que quer que se lhe afigure.
PS: Poderá argumentar-se que Churchill atravessou a II Guerra Mundial com não muito mais que o seu implacável otimismo. Este combinou uma visão saudável com a mesma proporção de refrescante humor, tendo dito certo dia: “Não me interrompa quando estou a interromper.”
Artigo publicado com autorização de tradução do autor.
Cory Galbraith é fundador e líder da Galbraith Consulting, dedicada ao desenvolvimento da liderança, aconselhamento, palestras e conferências (costumizadas para o setor industrial e de público geral) em temas de liderança.