Portal da Liderança (PL): Tendo sido vice-presidente e partner de uma empresa de consultoria, como vê a prática da gestão em Portugal e o que acredita poder potenciar a sua qualidade?
Alguns destaques:
Os portugueses têm uma capacidade de improviso e de flexibilidade enorme.
Somos terríveis a planear e deixam tudo para a última hora.
Sempre que entramos em processos de volume acabamos por falhar.
Os bons gestores estão normalmente associados às empresas multinacionais, que têm a rigidez dos processos e que combina com a nossa boa capacidade de gestão e de improviso.
Pela dimensão do nosso mercado, temos a tendência a ser muito mais eficientes que os outros mercados.
Temos uma visão muito pessimista sobre a vida e tentamos sempre ver pelo lado do problema e não pelo lado da solução.
Na Microsoft despendemos 20% do tempo das reuniões a explicar o que aconteceu e 80% a explicar o que vamos fazer.
As empresas portuguesas têm vindo a provar que conseguem vencer no mundo independentemente do seu tamanho.
PL: Qual o papel que a Microsoft assume no aumento da competitividade da economia e na modernização da administração pública portuguesa?
Alguns destaques:
Fizemos um projeto com o Hospital de S. João, no Porto para criar maior transparência e qualidade dos atos médicos.
Estramos a trabalhar para garantir que na educação as TIC permitem melhorar e acelerar o processo educativo.
Na Microsoft, em média, cada pessoa faz dez formações por ano.
Fizemos um projeto com a UCDI, que fazem requalificação e jovens e pessoas desfavorecidas, ensinando-os a trabalhar com as TI.
PL: Onde espera estar daqui a 5 anos?
Alguns destaques:
Gosto de trabalhar em ambientes multinacionais e noutros países.
Tenho aqui na Microsoft Portugal um projeto com pelo menos mais dois a três anos pela frente.
Daqui a cinco anos vejo-me a liderar outro projeto noutro país.
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