Para nos auto motivarmos, para impulsionarmos o crescimento pessoal, e, em última instância, sermos mais bem-sucedidos, podemos seguir três modelos eficazes no sentido de atingir e superar as metas estabelecidas.
Andreas von der Heydt
Nas sessões de coaching é frequente os meus clientes pedirem conselhos sobre como hão de conseguir levar as coisas para a frente, e como podem atingir os seus objetivos. Claro que não há a solução “one-size-fits-all”. Depende – como pode imaginar – de muitas variáveis, como as situações específicas dos clientes, as suas experiências, atitudes, crenças, perceções, objetivos, motivações, etc.
Ainda assim, há três modelos poderosos que abrangem princípios únicos que são altamente eficazes e podem ser aplicados por todos para atingir as metas estabelecidas, para se auto motivarem, para impulsionar o crescimento pessoal, e, em última instância, ser mais bem-sucedidos. E que gostava de partilhar:
Modelo Done
Baseia-se no pressuposto de que o feito (done) gera mais. Ou seja, que, com tudo o que fez, vai conseguir espoletar – e, eventualmente, fazer – algo mais. A peça central deste modelo é o Done Manifesto, que se apoia em 13 princípios:
1. Há três estados de ser/existir. Não saber, ação e conclusão.
2. Aceitar que tudo é um esboço. Ajuda a que as coisas sejam feitas.
3. Não há nenhuma fase de edição.
4. Fingir que sabe o que está a fazer é quase o mesmo que saber o que está a fazer, então aceite que sabe o que está a fazer, mesmo que não saiba, e faça-o.
5. Rejeite a procrastinação. Se esperar mais de uma semana para ter algo feito/concretizar uma ideia, deixe de lado.
6. O objetivo de algo ficar feito não é terminar/concluir, mas conseguir fazer outras coisas a seguir.
7. Assim que estiver pronto pode mandar fora.
8. Ria da perfeição. É aborrecida e impede que seja feito.
9. As pessoas sem as mãos sujas estão erradas. Fazer algo faz com que a pessoa esteja certa.
10. Falhar conta como estando feito. Então, cometa erros.
11. A destruição é uma variante do feito.
12. Se tem uma ideia e a publica online, conta como feito.
13. Feito é o motor de mais.
Avaliação: O modelo Done leva a começar com princípios precisos e simples. A perfeição – se é que a atinge – vem depois. Porquê? A perfeição só pode acontecer se houver algo para aperfeiçoar depois de ter sido criado/feito.
Modelo Tornar Melhor
Bem, o nome diz tudo. Ou seja, que vai aplicando, em fases consecutivas, técnicas que ajudam a desenvolver as suas criações com o intuito de as melhorar de forma significativa.
Fase 1: Analisar. Veja o que funcionou/não funcionou. Mergulhe fundo para identificar as razões subjacentes e possíveis padrões.
Fase 2: Esclarecer e refletir. Dê um passo atrás e reveja, com a devida distância, os resultados da primeira fase. Faça perguntas críticas, desafie os pressupostos iniciais, a seguir conclua e mantenha-se firme.
Fase 3: Estrutura e foco. Organize as suas conclusões resultantes da etapa anterior e torne-as tangíveis, ao descrever e classificar cada uma delas de acordo com a sua prioridade. Mas tenha o cuidado de limitar o seu enfoque a um máximo de 3-4 iniciativas principais para cada período de tempo.
Fase 4: Envolver e executar. Assuma a responsabilidade total, a propriedade, e lidere com paixão.
Avaliação: O modelo Tornar Melhor ajuda a que os seus produtos/serviços fiquem extraordinários. É crucial que verifique as quatro etapas por ordem cronológica. Este modelo deve ser executado em paralelo com o Done, ou seja, enquanto leva algo à perfeição está a criar constantemente coisas novas, ao começar a fazê-las.
Modelo Keep It Flying
Por contraste com os dois modelos anteriores, este aborda as dimensões motivacionais e emocionais do indivíduo. Baseia-se nas seguintes convicções:
1. Só pode continuar a fazer as suas tarefas se estiver apaixonado por elas.
2. Só pode estar apaixonado pelas suas tarefas (especialmente a longo prazo), se adorar o que faz.
3. Para manter viva a paixão pelo que faz, precisa de dois ingredientes principais: (i) recompensas e reconhecimento financeiros e não financeiros; (Ii) tempo para si próprio para recarregar as baterias (o chamado “me time”, ou seja, ter tempo suficiente para tratar de si sem qualquer tipo de culpa).
Avaliação: O Modelo Keep It Flying surge da convicção de que, para se ser saudável e sentir motivado a longo termo, logo, para ter sucesso sustentado, o reconhecimento financeiro e não-financeiro não é suficiente. E acrescenta o conceito “me time”.
Portal da Liderança
Andreas von der Heydt, considerado um dos Top 50 LinkedIN Influencers a seguir em 2015, é o head e diretor de conteúdo Kindle na Amazon na Alemanha, tendo ocupado vários cargos de gestão de topo nesta multinacional e, anteriormente, na L'Oréal. O coach em gestão e especialista em liderança é também autor (o seu livro mais recente é “The 7 Qualities of Tomorrow's Top Leaders: Successful Leadership in a New Era”) e fundou o Consumer Goods Club.