A sua equipa diria que é um líder acessível e com quem podem contar?

A sua equipa diria que é um líder acessível e com quem podem contar?
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Numa economia em que os relacionamentos desempenham um papel cada vez mais preponderante, a confiança surge como a principal moeda de troca. E depende do líder definir o valor desta moeda na sua organização, levando a cabo a árdua tarefa que é construir a reserva de confiança. 

Susan Mazza  

Um dos desafios que os líderes enfrentam é o facto de, para muitas pessoas, a criação de confiança se enquadrar nas soft skills difíceis de avaliar de forma clara e pragmática. Uma coisa é saber que a confiança é forte porque a sente, mas o que pode realmente fazer para a potenciar?

Ter confiança começa com a compreensão de que, embora a confiança possa manifestar-se como um sentimento, se baseia nas avaliações que vai fazendo – e que os outros vão fazendo – ao longo do tempo, de forma consciente ou inconscientemente. A chave é ser claro no que se suporta para fazer uma avaliação honesta de se é digno de confiança, e identificar o que precisa de trabalhar a fim de aumentar a confiança depositada em si. Ou seja:

Está a ser autêntico?
Se quer aumentar a confiança tem de se certificar que as suas crenças e atitudes estão alinhadas com suas ações.

Os seus colaboradores vão interpretar as inconsistências entre o que diz e o que faz como uma falta de sinceridade e de autenticidade, mesmo quando não conseguem perceber por que há uma incongruência. Quando as pessoas sentem que não está a ser autêntico, a confiança que depositam em si é minada. Por outro lado, a autenticidade fortalece a confiança porque passa a mensagem de que se importa o suficiente para ser honesto consigo mesmo, além de que está a relacionar-se com os outros de forma autêntica.

Lembre-se desta frase de Theodore Roosevelt: “as pessoas não se importam com o quanto você sabe até saberem o quanto você se importa com elas”. Ser autêntico demonstra que se preocupa, característica fundamental para a construção de confiança enquanto líder eficaz.

Pergunte a si mesmo:

1. Digo às pessoas o que realmente penso ou o que penso que elas querem ouvir?

2. Reconheço realmente a minha equipa e o trabalho que faz? Expresso esse reconhecimento com frequência e sinceridade?

3. Dedico tempo a explicar a visão e os objetivos junto dos meus colaboradores de uma maneira que demonstra o seu valor e o quanto significam para mim? Converso com eles no sentido de os ajudar a fazerem o mesmo por si próprios?

É honesto quanto às suas capacidades?
Os melhores líderes são claros sobre o que sabem e o que não sabem, e têm noção daquilo em que são bons versus as áreas em que precisam de confiar noutras pessoas. A prova de que está a ser honesto quanto às suas capacidades dá-se quando pede ajuda e refere o tipo de apoio de que precisa para cumprir os seus objetivos.

Pergunte a si mesmo:

1. Procuro conselhos cedo e com frequência?

2. Sou sincero quando não sei a resposta?

3. Congratulo de forma aberta aqueles que contribuem para o nosso sucesso?

Age com integridade de forma consistente?
As pessoas observam os seus líderes com muita atenção. Reparam se a liderança mantém os seus compromissos com os outros e, sobretudo, com ela própria. As suas ações, e não as palavras, vão transmitir as suas prioridades tanto em relação aos colaboradores como aos compromissos.

Pergunte a si mesmo:

1. Estou a fazer o que tenho apregoado?

2. Cumpro os meus compromissos de forma consistente – e assumo a responsabilidade quando não o faço?

3. As minhas ações e o que exijo aos meus colaboradores transmitem as prioridades que estabeleci para mim e para a minha equipa?

No final, a questão que se deve colocar é: em que posso trabalhar no sentido de melhorar a confiança que inspiro nos outros enquanto líder?

15-11-2018

Fonte: HalogenSoftware 


SusanMazza copySusan Mazza, CEO da Clarus Works, é oradora motivacional e business coach. É um dos nomes no “Top 100 Thought Leaders” da Trust Across America/Trust Around the World entre 2013/2015.