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Há duas formas de espalhar a luz: ser vela ou o espelho que a reflete  Edith Wharton 

Edith Wharton 

Mafalda Dias Gomes: Os jovens procuram empresas com chefias menos hierárquicas

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Mafalda Dias Gomes: Os jovens procuram empresas com chefias menos hierárquicas


Mafalda Dias Gomes, cientista na planta piloto da multinacional de biotecnologia Novozymes, com sede em Bagsværd, na Dinamarca, afirma que “os jovens procuram empresas com chefias menos hierárquicas, em que também contribuem para as tomadas de decisões, em que tenham uma voz, mesmo as pessoas mais recentes, que acabaram de começar”. Acrescenta, em entrevista ao Portal da Liderança, que “os jovens precisam de sentir que estão a contribuir, que têm um propósito e que o seu trabalho tem impacto, e que não estão só a fazer uma tarefa que é preciso fazer”. Além de que “procuram feedback nos dois sentidos: como posso ser melhor, como posso ajudar e onde posso estar” e também “ter abertura por parte da liderança ao seu feedback”. Aos 32 anos, a engenheira biológica de formação considera que “os jovens têm sede de inovação, precisam de ser constantemente estimulados intelectualmente para se sentirem motivados no trabalho”.

No que diz respeito a como os jovens podem contribuir para melhores lideranças, Mafalda Dias Gomes – que gere projetos de desenvolvimento de processos de produção de enzimas, fazendo a ligação entre os departamentos de investigação e de produção industrial – avança que, além da “digitalização de processos, com a criação de ferramentas digitais, dado que já estudaram no mundo digital”, por comparação com pessoas com mais experiência, “podem ajudar a liderança no sentido de otimizar processos”, para que os líderes possam dedicar tempo “a outras coisas mais importantes”. A que acresce “trazerem novas ideias e desafiarem a “maneira normal” de se fazerem as coisas. Têm uma voz e vontade de ter um papel no mundo”. E esta “sede dos jovens pode contribuir para as lideranças no sentido de os desafiar” a “pensar fora da caixa”.

Em relação a competências essenciais num líder, a cientista elenca, em primeiro ligar, “criatividade: tem de ser aberto a novas ideias, novas formas de trabalhar; ter novas ideias, incentivar o pensamento criativo dos seus colaboradores”. A que se segue “ter uma mente aberta e ser flexível. Estar aberto a diferentes formas de pensar e a esta grande diferença de gerações: entre pessoas com maior conhecimento, mais antigas numa empresa, e pessoas que acabaram de começar”. Estar preparado para os “desafios diários, porque estamos em constante mudança, especialmente nesta área de biotecnologia: a mudança é muito rápida, tudo acontece a uma grande velocidade”. Não ter receio de tomar decisões, e “ser uma pessoa comunicativa: é importante um líder saber comunicar as suas ideias; mas também saber ouvir ativamente os seus colaboradores, diferentes ideias para o projeto – criar uma relação de feedback para os dois lados”.

Quanto ao hábito diário mais eficaz que qualquer líder deve desenvolver, veja a resposta, a esta e a outras questões:

Quais as competências mais importantes para um líder do séc. XXI?



O que precisam de saber os líderes empresariais sobre os jovens que estão a entrar/entraram recentemente no mercado de trabalho?



Como podem os jovens contribuir para melhores lideranças?



Qual considera ser o hábito diário mais eficaz que qualquer líder deve desenvolver?



Qual foi o maior desafio que enfrentou em termos profissionais? Como o superou?


Tem um líder-referência? Quem e porquê?


15-05-2024


Armanda Alexandre/Portal da Liderança


Mafalda Dias Gomes, engenheira biológica, é cientista na planta piloto da empresa de biotecnologia Novozymes, sedeada em Bagsværd, na Dinamarca, onde gere projetos de desenvolvimento de processos de produção de enzimas, fazendo a ponte entre os departamentos de investigação e de produção industrial.
Anteriormente trabalhou como cientista na indústria farmacêutica, na Novo Nordisk, no desenvolvimento de medicamentos injetáveis para a diabetes.
Com um doutoramento em Engenharia Química e Bioquímica pela Universidade Técnica da Dinamarca (DTU), estudou biocatálise aplicada no contexto industrial. Durante o doutoramento foi investigadora convidada no Georgia Institute of Technology, em Atlanta, nos EUA. Concluiu em 2015 o mestrado integrado em Engenharia Biológica pelo Instituto Superior Técnico, em Lisboa, Portugal.

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